segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A chegada a Luanda


Cheguei a Angola no dia 06 de Dezembro de 2011.
A viagem começou da melhor maneira à maneira Angolana. Estava eu sentado no meu lugar, a olhar para fora de janela, entretido a pensar como seria a chegada, como me iria sentir, se me iria adaptar e dá-se uma invasão de gente a entrar no avião com os seus sacos de compras. Fez-me recordar aqueles filmes antigos em que no antigamente se podia levar de tudo no avião, desde garrafas de vinho a animais!
Mas a grande surpresa estava guardada para 7 horas mais tarde. O avião aterrou, as portas abriram-se e como por magia senti uma rajada de ar a entrar pelo avião com o cheiro característico de Angola. Um ar quente e húmido com um odor de terra seca. Estava em Angola… “Vamos lá sair do avião que quero ver o que me espera…”! Lá fui eu de autocarro para a zona dos passageiros estrangeiros… E como fui recebido nesse dia! Cinco agentes da polícia apetrechados cada um com uma G3, não fosse algum engraçadinho querer fazer asneiras. Para me habituar ao país estive cerca de uma hora na fila à espera que a minha vez chegasse! Mal sabia eu da confusão que é a zona de chegadas do aeroporto 4 de Fevereiro. Uma enchente de gente, só angolanos. Estes meninos falam como se todos fossemos surdos. Imaginem o que é haver 40 ou 50 pessoas num espaço de 150m2 a falar da mesma forma! Surreal… Para minha salvação havia alguém com o meu nome escrito num papel… ufa… vamos lá fugir daqui! Só queria era uma cama, um espaço onde me pudesse deitar e descansar!
Cheguei à pensão onde iria passar a noite… já não era sem tempo! Subi, entrei no quarto… “Ui… é aqui que vou ficar?”. O quarto devia ser da época colonial… as paredes estavam completamente lascadas, sujas do pó da cidade! O quarto de banho era pequeno, com um lavatório, um bidé e um poliban. Curioso foi encontrar um balde de uns 20 litros cheio de água. "Para que serve isto?" Mais tarde percebi que é frequente faltar água, hum! O ar condicionado não funcionava e também não era minha intenção dormir de janela aberta. Lá vem o mosquito e pimba, ferra-me e vou ter que ir para um qualquer hospital (matadouro) apanha a vacina do paludismo. Fez-me um pouco confusão deitar-me naqueles lençóis… mas cansado como estava não demorei muito tempo a render-me.
No dia seguinte segui viagem para o Sumbe, uma cidade perdida num país esquecido!
As aventuras vão acontecer… é só esperar que tenha tempo de as escrever :)

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